quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Assaltos, roubos, crime e companhia

As notícias de abertura dos telejornais começam a ser previsíveis. Todos os dias há assaltos, roubos, crimes, homicídios... sempre perto de nós, e ,felizmente, vamos escapando incólumes a esta criminalidade crescente. E quando for connosco?
Ontem presenciei uma cena. Ao sair do supermercado, o segurança retém um homem. Este ia acompanhado por uma mulher que falava ao telemóvel, mas ela nem reparou e continuou a andar. O segurança pede a uma das raparigas da caixa para chamar a senhora, para que ela lá vá ter. A rapariga corre atrás da senhora e chama-a. A outra, como deve ter percebido o que se queria, maltratou-a verbalmente, disse-lhe que estava a falar ao telemóvel e que não ia. A rapariga voltou para trás, percebendo que se insistisse iria sobrar para ela. Toda a gente viu e ninguém fez nada. Nada! Eu também não, confesso. Eu? Eu não! Mas fiquei danada comigo própria, com as outras pessoas, com tudo isto. É fácil assaltar, roubar. Ninguém faz nada. O homem que lá ficou, passa a vergonha, quer dizer, não passa, que vergonha tenho eu, ele nem se deve chatear. Chama-se a polícia e ele é libertado.
Ia para casa, já no carro, e deu uma revolta enorme. Eu farto-me de trabalhar. Tenho uma vida normal, tenho dinheiro para as coisas básicas. Gostava de ter mais, pois gostava. Mas não ando aí a roubar! E os velhotes que ganham a reforma mínima, que é praticamente gasta em medicamentos, e que não têm o que comer, também não andam a roubar! E esta gente que rouba Whiskies de 12 anos, caviar, coisas caras, luxos, com que direito o fazem? Por que é que quem trabalha gasta dinheiro em pão e alimentos básicos e os outros que se calhar nem têm ocupação roubam? Mas que raio de sociedade é esta? Mas que impunidade lhes toca?