segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Insustentabilidade do ser

"E essa é a minha virtude: não me enganar a mim, nem enganar ao senhor. Porque não vale a pena, o senhor não merece uma mentira".
Onze Minutos, Paulo Coelho

Esta é também a minha virtude. Não tanto porque os outros não mereçam o trabalho de inventar-lhes desculpas, mas porque dizer a verdade é uma libertação e, de certo modo, uma ousadia. Permaneço fiel a mim própria, mesmo que todos se afastem de mim. Porque, no fundo, eu tenho de fazê-lo para me sentir viva, para que não sinta que me defraudei. Mas a grande questão coloca-se: Será que são os outros merecedores desta transparência? Quem, no meu círculo de amigos, me dirá sempre o que pensa? Quem conhecerei de facto? E, no meio desta meia dúzia de frases, vejo como a complexidade destes pensamentos me impede de sentir-me como mais uma no meio da multidão. Deve ser por isso que me sinto sempre tão só... e tão profundamente magoada.

2 comentários:

Rita disse...

Minha querida...

Tenho tanta pena que não escrevas neste blog mais vezes... o que dizes faz tanto sentido.

Mas este post tb me deixou triste porque senti-te triste... as vezes precisamos escrever para que estas tristezas desapareçam não é? Sei como é... a mim tb me acontece isso... e por escrever sinto-me melhor, mais tranquila, mais leve... não sei o que te aconteceu para escreveres estas palavras mas apeteceu-me abraçar-te... só isso... abraçar-te. um abraço (virtual) mas forte. Rita

Maria disse...

Obrigada pelas tuas palavras, Ritinha! Certeiras, como sempre.
Mega abracinho também. Temos de tratar desse abraço um destes dias.
Beijo